sexta-feira, 23 de julho de 2010

Um milhão

Eu só falei de coisa séria aqui até agora, entao acho que vo falar de alguma coisa menos problemática.. Vamos lá..

Hoje eu fui no cinema.
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Ok, obviamente o post não é sobre o que eu fiz desde que eu acordei ( tarde ), ou sobre o que eu comi ( nao caberia ) e toda rotina até aqui, mas uma coisa é verdade: eu fui no cinema, no duro mesmo.
Fui lá assistir um filme e tudo mais, com pipoca, e, agora, 12 horas depois ( raciocínio bom é assim: rápido) tava pensando que cinema é uma puta duma invenção genial... queria ter inventado ele, no duro.

É diferente de assistir um filme em casa, lá - no cinema - parece que você esquece sua vida inteira e entra na do filme, é um universo paralelo do caramba que a gente até esquece que o cara de trás come pipoca parecendo um trator, que a poltrona nem é tão confortavel assim e que sua coca-cola na verdade é pepsi. No cinema não é frio, nem quente porque depende do filme e mesmo assim, tá tudo uma beleza desde que o vilão esteja tomando surra.
Então eu tava me perguntando o porquê disso tudo, como que a gente consegue esquecer quase tudo, vivendo no mundo corrido que é hoje, durante os minutos que se seguem? Talvez seja justamente pela necessidade que a gente tem de esquecer todo o mundo aqui fora, mas mais que isso, acho que a gente paga o ingresso pra tentar comprar o mundo da tela, às vezes querer trocar o dele pelo nosso, o que pode ser um tanto quanto perigoso.

O que eu quero dizer é que apesar das pessoas viverem repetindo que um milhão de palavras não compram uma imagem, eu não tenho certeza sobre isso. Eu gosto de um bom livro, mas gosto de um bom filme, mas um bom livro quase nunca se torna um bom filme - o que é até compreensível pelo fator do tempo e dos detalhes - porém um filme bom e antigo pode se tornar um bestseller. Mas o que na verdade me intriga é que quando você lê uma narrativa, você imagina toda ela do seu jeito, porque é o melhor jeito que você conhece. Mas quando o diretor, o ator, o cenário interpreta o roteiro deixa de ser o seu jeito, não quero dizer que seja melhor ou pior, mas não é o seu.

Em defesa de uma boa imagem, um milhão de palavras não compram todos os detalhes que uma foto aprisiona, dois milhões de palavras continuam não te dizendo o que está por trás do momento todo. Porém, quem quer que tenha, um dia, dito que imagens não mentem, mas palavras sim, estava completa e inegavelmente errado, quem aqui nunca deu um sorrisão falso pra foto ( aquela foto lá, perto do museu as 8hrs da manhã do sábado, sempre animador ) ficar bonita no albúm? E você nem tava afim de dar um sorrisão.

No final das contas, talvez ( Talvez Jaum? Com certeza ) eu tenha me perdido na temática do cinema, mas o que eu queria dizer era muito mais que isso, e que por melhor que seja a imagem, e por mais descritivo e emocionante que seja o texto, tudo é um tanto quanto relativo até que se prove o contrário!
Pode até parecer brega, mas a única coisa que te diz se uma frase é verdadeira e se aquele filme tem todo um sentido é você mesmo, não sei se é por instinto, por sentimento, karma, duendes, jabulanis ou macumba, só sei que você sabe quando um milhão de palavras te valeram mais que uma imagem. Mas e se vier uma ação, atitude com um milhão - no sentido de intensidade - de palavras( e não, filme legendado não conta )? Aí meu amigo, ou é muito bom ou é muito ruim!

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