quinta-feira, 29 de julho de 2010

Não tão engraçado, na verdade.

É engraçado que uma das coisas que eu menos suporto este ano é exatamente uma das coisas que eu mais falo este ano. E é a porcaria do vestibular. Não adianta vir com politicamente correto pra cima de mim, é uma porcaria sim.
Eu não sei como pode existir um processo seletivo tão falho como esse aí, mas eu confesso que também não tenho nenhuma outra alternativa pra ele ( ainda!!), mas é aquela sensaçao de quando você sabe que isso não ta certo. E como um ótimo(péssimo, de verdade: horrível, não acredite em minhas palavras) exemplo de estudante/vestibulando eu sei que essa porcaria aí não ta certa não!!

Tá muito é da errada.. como é que eu, bom Deus, tenho que passar em um exame que o próprio doutor de matemática da universidade que eu quero não passaria? Ele gabaritaria a parte de matemática, duvido que física e química, não ponho a mão no fogo de que ele se sairia razoavel em humanas ou que daria aquela arranhada em redação e, ainda, relacionasse tudo com a atualidade.
Ééé.. e a gente que ta longe de ser doutor de exatas( e, convenhamos, de qualquer outra coisa) temos que dar uma enrolada em filosofia e escrever alguma coisa bonita na redação pra sanar a necessidade, vontade, quase obrigação de passar!

E digo mais: é muita hipocrisia dividir aprovados em inteligentes e não-inteligentes, quem é que disse que quem passa é inteligente? Quem passa pode até ter bem definida suas prioridades, mas depende muito do que se julga ser inteligente. Perdoe-me quem quer que seja, mas ser bitolado pra mim não é ser inteligente - nem saudável.

Por isso tudo amigos vestibulandos, e por tudo que ainda pode ser: Oremos.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Um milhão

Eu só falei de coisa séria aqui até agora, entao acho que vo falar de alguma coisa menos problemática.. Vamos lá..

Hoje eu fui no cinema.
.
.
.
.
.
.
Ok, obviamente o post não é sobre o que eu fiz desde que eu acordei ( tarde ), ou sobre o que eu comi ( nao caberia ) e toda rotina até aqui, mas uma coisa é verdade: eu fui no cinema, no duro mesmo.
Fui lá assistir um filme e tudo mais, com pipoca, e, agora, 12 horas depois ( raciocínio bom é assim: rápido) tava pensando que cinema é uma puta duma invenção genial... queria ter inventado ele, no duro.

É diferente de assistir um filme em casa, lá - no cinema - parece que você esquece sua vida inteira e entra na do filme, é um universo paralelo do caramba que a gente até esquece que o cara de trás come pipoca parecendo um trator, que a poltrona nem é tão confortavel assim e que sua coca-cola na verdade é pepsi. No cinema não é frio, nem quente porque depende do filme e mesmo assim, tá tudo uma beleza desde que o vilão esteja tomando surra.
Então eu tava me perguntando o porquê disso tudo, como que a gente consegue esquecer quase tudo, vivendo no mundo corrido que é hoje, durante os minutos que se seguem? Talvez seja justamente pela necessidade que a gente tem de esquecer todo o mundo aqui fora, mas mais que isso, acho que a gente paga o ingresso pra tentar comprar o mundo da tela, às vezes querer trocar o dele pelo nosso, o que pode ser um tanto quanto perigoso.

O que eu quero dizer é que apesar das pessoas viverem repetindo que um milhão de palavras não compram uma imagem, eu não tenho certeza sobre isso. Eu gosto de um bom livro, mas gosto de um bom filme, mas um bom livro quase nunca se torna um bom filme - o que é até compreensível pelo fator do tempo e dos detalhes - porém um filme bom e antigo pode se tornar um bestseller. Mas o que na verdade me intriga é que quando você lê uma narrativa, você imagina toda ela do seu jeito, porque é o melhor jeito que você conhece. Mas quando o diretor, o ator, o cenário interpreta o roteiro deixa de ser o seu jeito, não quero dizer que seja melhor ou pior, mas não é o seu.

Em defesa de uma boa imagem, um milhão de palavras não compram todos os detalhes que uma foto aprisiona, dois milhões de palavras continuam não te dizendo o que está por trás do momento todo. Porém, quem quer que tenha, um dia, dito que imagens não mentem, mas palavras sim, estava completa e inegavelmente errado, quem aqui nunca deu um sorrisão falso pra foto ( aquela foto lá, perto do museu as 8hrs da manhã do sábado, sempre animador ) ficar bonita no albúm? E você nem tava afim de dar um sorrisão.

No final das contas, talvez ( Talvez Jaum? Com certeza ) eu tenha me perdido na temática do cinema, mas o que eu queria dizer era muito mais que isso, e que por melhor que seja a imagem, e por mais descritivo e emocionante que seja o texto, tudo é um tanto quanto relativo até que se prove o contrário!
Pode até parecer brega, mas a única coisa que te diz se uma frase é verdadeira e se aquele filme tem todo um sentido é você mesmo, não sei se é por instinto, por sentimento, karma, duendes, jabulanis ou macumba, só sei que você sabe quando um milhão de palavras te valeram mais que uma imagem. Mas e se vier uma ação, atitude com um milhão - no sentido de intensidade - de palavras( e não, filme legendado não conta )? Aí meu amigo, ou é muito bom ou é muito ruim!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

"É modinha!" Ass: Anti-modinha, a nova modinha.

Eu não sei muito bem se vocês perceberam que a nova modinha é ser anti-modinha... e pra falar a verdade, eu não to aqui pra julgar o que faz sentido pra alguém, aliás eu nem tenho esse direito! Mas ué Jaum, do que vc ta querendo falar entao?
O que eu quero falar é que já cansou esse criticismo todo em cima de qualquer coisa que se mova, qualquer novidade ou qualquer coisa que não vá de encontro ao que se espera.

É colorido, é restart! Tem franja, é emo! Usa preto, é gótico! Assiste crepúsculo, é fútil! É inteligente, é nerd! Expressa sentimento, é fraco! ÉÉééÉéÉé... é porcaria nenhuma!!! Que hábito é esse que nossa geração tem de denegrir qualquer gosto musical ( não importa se é Beatles ou o XYZ, tudo música ), qualquer grupo que cultua algum cantor, qualquer menina que gosta do novo filme da Stephenie Meyer, ou qualquer garoto que se veste diferente?
A verdade é que ninguem tem direito de coisa alguma em relação a isso ou a qualquer outra coisa que remete o próximo - por favor, entenda, não tenho a intenção de pregar um 11º mandamento aqui.
Que possível diferença faz se alguem curte ouvir Zeca Pagodinho no caminho da escola e Maria Bethania na volta? Mas e se for paramore, blink, sum ou foo fighters? Aí ta tudo certo? Tá tudo certo pra quem? E quem disse que gostar de 30 Seconds to Mars não é modinha? Porque, pelo jeito, quem gosta de Restart e The Maine é uma contradição gigante não? Não.

E, escuta: quem foi que disse que o que nao te faz sentido me faz sentido?! Eu particularmente não gosto de Fiuk, não sou fã de crespúsculo, posso passar longe de Cine e Restart, sou contra o fanatismo descontrolado sobre qualquer coisa ou pessoa que o valha, e não ouço Maria Bethania e Zeca Pagodinho em tempo livre mas em nada muda a minha vida se você ouvir. Mas eu entendo se faz sentido pra você todas essas coisas, no duro.

Mais que isso, nova modinha pra mim é pleonasmo! Se é modinha, é nova oras. Se foi modinha antigamente e voltou, voltou diferente: é nova, é agora. Além do que tudo é modinha, é modinha querer estudar pra passar no vestibular? Deve ser, todo mundo tá querendo! É modinha gostar de um filme? ã-ham, olha quanta gente imitando o elenco! Mas e ser 'normal'? É modinha também, porque ser normal né.. é uma modinha de quem não curte modinha!! *ironia por favor!*

Se até aqui ninguem entendeu coisa alguma que eu falei, vou ser mais direto, pelo que mais interessa na nossa sociedade atualmente: dinheiro. Vamo lá, xingar um grupo que canta da dinheiro? Não. Mas e aí Jaum, e o grupo? Ta ganhando dinheiro? Bastante. É bem simples, não importa se você se importa ou não, tem gente que se importa, o que não muda o fato do grupo ganhar dinheiro em cima do que você , inutil e constantemente, despreza para atingir o outro.

Mas, antes de terminar, por favor: esperem! Eu quero deixar claro que não sou contra a manifestação de opinião de ninguém - não teria feito um blog se fosse. Eu não so contra postar um video no youtube contra ou a favor de qualquer ideologia, eu acho que tá muito é certo! Qual lugar melhor que a internet pra expressar o que você pensa hoje em dia? É claro que não é todo mundo que vai concordar ou que vai achar que faz sentido se é que você me entende! E, no final, eu sou "só" contra a crescente, real e cruel ditadura que se faz em cima de qualquer grupo que se manifeste em quantidade perceptível aos olhos, aos gostos de quem vive a vida pra caçar defeito.

PS: Esta postagem não é, em nenhuma hipótese, um manifesto inicial para a fundação de uma modinha: a modinha de ser anti os anti-modinhas.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Broken Glasses


Hoje eu vi em um ponto de onibus , enquanto esperava o sinal abrir, uma frase que me chamou atenção : "A cidade está cega" era o que dizia, o que baleava mentalmente os leitores.
E é verdade, e não é ao mesmo tempo. Porque não existe essa coisa de cegueira, a habilidade de perceber luz que torna alguns aptos a visão e outros não, não significa que aqueles enxerguem e estes não. Como o próprio nome diz é uma habilidade, a de perceber luz pelos nervos ópticos e todo o trajeto que bem conhecemos ( ou não ). É uma habilidade, as pessoas enxergam de muitas outras maneiras, pelo toque, pelo cheiro e até pelo instinto...
Mas não era para isso que a frase chamava atenção, era sobre a cidade em si e não aos deficientes visuais ou qualquer problema de visão que o valha. A frase era mais que um aviso, era uma notificação, como em uma consulta médica, quando chega o diagnóstico. E o diagnóstico era, ironicamente, claro aos olhos de quem lia: a cidade estava cega, ora pois. Os pacientes eram todos os cidadãos, inclusive o médico, que neste caso era o pichador.
Mas, e então? Cego pra que? Tão cegos que um pichador ilegalmente picha uma bomba como esta, e não é punido porque nao foi visto, uma vez que a cidade também está cega neste aspecto. Ora pois então, senhores e senhoras, lembrei-me de outra triste visão em meio a um semáforo: um senhor de boné, na cadeira de rodas e sem pernas, mas por mais triste que possa soar, nao foi isso que me chamou atençao, o que me chamou a atençao foi que tal senhor vestia a camiseta do Brasil. E de camiseta da seleção, em meio a copa, em meio ao semaforo, em meio a sua própria cadeira de rodas, pedia esmolas enquanto torcia para um país que está cego pra ele. Mas apesar de cego, ele não deixava de torcer pro seu país, não sei se por esperança, duvido muito que por nacionalismo, não compro a idéia de que era sua única camiseta, talvez por falta de esperança, por abrir mão. E me fez pensar, como alguem pode torcer por alguem que não o vê?
É muito triste senhores.
E por isso, finalizo que não só toda a cidade está cega, mas todo o país também, assim como todo o mundo, e grande parte das pessoas, talvez até você, senhor(a), esteja um tanto quanto cego, o que soa um tanto quanto irônico pelas linhas que você, possivelmente cego, termina de ler.

Isto não é uma introdução

Não, não é. Porque não há essa coisa de introduções, uma boa história não precisa de explicações, pra meio entendedor boa palavra basta!
Mas como isto não é uma introdução, eu nao sei como bem chamá-la. Podemos ( eu e você - se vc existir - ) chamarmos de primeiras vistas. Primeiras vistas são bem bonitas, mesmo que sejam feias, é sempre aquela novidade, boa ou ruim.
E isto aqui é só um começo.
Mas este sou eu, mas este post é só uma primeira vista, assim como o próximo, e quem sabe o próximo do próximo.