sábado, 19 de março de 2011

Hiperatividade.


            Acho que foi Silvio Brito, ou Raul Seixas, ou talvez tenha sido uma daquelas coisas, idéias (dane-se o acordo ortográfico, não adianta sublinhar minhas palavras acentuadas), frases explicitamente implícitas dentro da gente, na ponta da língua que ninguém nunca pensou em falar até ela ser falada, genialmente citada. 
            Brito, Seixas ou seja lá quem, a frase “pára o mundo que eu quero descer” é, com certeza, uma trilha não-sonora pra um texto como este. E um texto como este nunca mereceu tanto uma citação desse tipo.
            Pára o mundo e conserta tudo. Rebobina o tempo e salva os japoneses. Pára o tempo e alimenta toda a África, alimenta todas as outras áfricas menores por aí, aquece todo mundo que tem frio, cuida de todo mundo que precisa ser cuidado...
            Pára o mundo, porque eu não sei que diabos ta acontecendo. Pára o mundo, porque você também não sabe. 
            Ou eu sei até demais, ou você sabe até demais. Como pode ser justo um país que sobreviveu a duas bombas atômicas, ter sido vítima de mais uma catástrofe? Aliás, como pode ser justo algum país – que seja o país mais estupidamente merecedor, mas com UM inocente – sofrer alguma catástrofe? Que tempo é esse que tem gente deixando os outros no negativo, pra enfiar dinheiro na cueca? Que médico filho da puta é esse que não ajuda um paciente sem dinheiro que olha nos olhos dele? Que coração é esse que não me é familiar? Que máquina do tempo é essa, que "trouxe a ditadura "de volta" a tona, egípcia, libanesa, pessoal, ou corporativa? Que sociedade é essa que deixa um mendigo morrer na frente da padaria? Que covardia é essa de mandar matar dois meninos em um bar, e outros tantos todo dia em todo lugar?
          Que, QUe, QUE, QuE, Q..QQQ..Qu...Q-Que letra de música é essa, que faz totalmente sentido, que expressa toda a dor, toda a confusão e toda situação caótica que tem sido atemporal?
          Que falta de esperança é essa, que obriga uma dona de casa a levar duas bolsas no carro quando sai no trânsito? Uma preparada pra um assalto, com um pouco de dinheiro, outra com os objetos pessoais, mais escondida; que medo é esse de sair à noite? Que medo é esse de sair de dia? Que medo é esse de sair de dia, de tarde, de noite, de dentro de casa, de dentro do carro? Que merda é essa que faz totalmente sentido? 
            Porque não faz sentido que todas essas coisas façam sentido, porque eu não vejo graça nas suas estúpidas piadas de humor negro neste momento, eu não acho normal colete de balas, e eu não acho normal tudo isso ser normal. E não me importa se há 100 anos atrás, as pessoas andavam na rua sem medo, não me importa se na cidade mais pacata do mundo não tem roubo, ou se as mulheres não precisam ter uma bolsa reserva. 
            Porque o mundo importa como um todo, inteiro, que se despedaça, que gira tão rápido que as peças colam por simples inércia, por velocidade, por necessidade, seleção natural – o que não quer dizer que as feridas cicatrizem e os vírus sejam eliminados.
            E eu não posso fazer muita coisa, não posso voltar no tempo, rebobinar, não posso fazer muito, mas como é bem conhecido, em latim, "tudo vale a pena se a alma não é pequena".    
        

Nunca tinha escrito um texto desse jeito, e agora são 2:21 da madrugada e eu não tenho certeza se posto ou não... se eu postar, achei que merecia ser dito e aqui vai o endereço da cruz vermelha: http://www.cvbsp.org.br/inicial.html

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Me vê uma inteira de inspiração, sem muzzarela por favor..


    Começo este texto me sentindo um pouco estranho, isso porque estou sem inspiração, que é o tema dele. O que, caro leitor, é um tanto irônico, observe: se alguém está sem inspiração, como poderia começar a escrever um texto? Não é lógico, mas a área de exatas nunca foi minha área mais forte no colégio, então estou com a consciência limpa.


    Mas no final das contas, ou melhor, no começo delas, a falta de inspiração é uma vaga inspiração para um novo texto. E antes de qualquer coisa, devemos deixar claro que inspiração é uma coisa que existe, não é como vocação que alguns acreditam e outros não. Inspiração existe pra cantor, escritor, poeta, camelô, pra pizzaiolo e pra Zeca Pagodinho; a inspiração bate na sua cara como um amanhecer, te lembra que certas coisas estão abertas a serem testadas, experimentadas. É como se o universo pensasse “Oras, mero mortal, por que não fazes isso? Por que não escreve isso, canta aquilo, pinta isso, põe mais muzzarela e cebola ali? Seria genial... “ e você, mero mortal como eu, aceita a originalidade da idéia em um ímpeto de ecstasy.
    Quando se está sem inspiração, por outro lado, é como um abandono. De duas uma: ou o universo está sem tempo pra você e arranjou outros mortais com quem contribuir, ou, senhores e senhoras, você já é grandinho demais para manter suas inspirações estáveis sem uma ajuda universal.
    Eu acho é que esqueceram de mim desde quando terminei o discurso da formatura, mas eu sou meio suspeito. O que é estranho, porque eu tenho tanta coisa pra falar pra você, pro mundo, pra escrever, discutir.. e nada vem à cabeça, nada vem formatado como uma idéia genial. Nenhuma idéia sobe a superfície mental. Na verdade sobem, mas não duram, são destruídas pela preguiça, cansaço, ironicamente, pelo ócio...
    Termino este desabafo me sentindo um pouco idiota. Idiota por ser capaz de confundir inspiração com preguiça, a verdade é que tenho me sentido um tanto quanto cansado. E terminando, recebo a inspiração (oh!) de parar com essas pouca vergonha de não fazer nada. Mas bem, o que posso dizer? Essa foi um tanto quanto óbvia e fácil, senhor universo.   

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Réu: Culpado.

Desculpem-me senhores e senhoras, faz algum tempinho ( ok, 5 meses, tempão na verdade ) que eu não escrevo nada por aqui e, pra falar a verdade, eu não vo dar nenhuma justificativa séria ( ok, a vida anda meio corrida, formatura, preguiça - alto nivel - essas coisas atrapalham um pouco), até porque eu nem sei se tem muita gente que le isso aqui, mas por via das dúvidas aqui vai minha defesa? explicaçao?  :

Tava me perguntando hoje por que diabos eu fui fazer um blog, já que eu nao sei do que falar, não sei mesmo. Perceba que você, leitor(a), tem sido arrastado até aqui sem nem saber o assunto deste post.

Então, em minha honesta dúvida, fui atras de saber por que fiz um blog. Aliás, o que é um blog? Oras.
Definições segundo o google:
1) "é um site cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou posts."
2) "Onde você escreve tudo o que se passa nessa sua cabecinha intensa e serelepe, nesse seu coraçãozinho inquieto e faiscante..."
3)  "Diário virtual"
4) "Blog é um blogue

O porquê disso não ser um blog :
1) atualização rápida. Bom, convenhamos: vejo vocês daqui 5 meses.
2) WTF!? me recuso
3) diário é meio gay. e diário é um negócio em que você escreve todos os dias né? diario. Tipo, todo dia, sem falta, 365 vezes por ano. O ano todo e, bem, voltamos a justificativa 1).
4) Genial. Google é um troço um tanto esclarecedor.

Logo, que coisa é essa? Bom, não é um blogUE, não é um diário, não tem atualizações rápidas; e, quando as  tem, estas não seguem linha de raciocínio. E também, eu lhes prometo que não é minha cabecinha serelepe ou meu coração faiscante vomitando palavras.
Isto então, cheguei a humilde conclusão que não é coisa nenhuma, mas não é coisa também, pq coisa é uma palavra meio xula eu acho, coisas não merecem respeito.
E isso aqui merece um pouco, então isso aqui é um caderno, daqueles que não são de matéria nenhuma, daqueles que você convenceu seus pais a comprarem a mais, daqueles que sua vó tinha sobrando na cozinha, daqueles que você usa só pra fazer desenho na aula de filosofia ( atire a primeira pedra quem não ..), conversar e rasgar a página.
Enfim, daqueles que servem só pra rabiscar algumas coisas de vez em quando, a cada 5 meses, quando a cabeça fica serelepe e o coração faisca..

Fim da defesa.

~

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

You need a beat

    Hoje eu acordei com uma baita dor no coração, e tá doendo pra caramba, senhores e senhoras! Aí eu falei pra uma menina que tava com essa baita duma dor no coração ( não, não foi uma cantada ) que eu nunca tinha tido antes, então ela me deu a pergunta/resposta mais inteligente pra alguém que, com baitas dores no coração, poderia receber:  “Mas é dor física ou dor do coração mesmo?”
    Como assim? Dói aqui ó, no coração pô! Mentira. Pode doer no peito, pode doer no coração e pode não doer nada, seu hipocondríaco!! Ah, e pode ser infarto também, cuidado!
    Ora, amigos, mas essa é mesmo a pergunta mais óbvia a ser feita pra quem, eventualmente, reclamar de drogas de dores no coração, até mesmo porque existem várias razões pro nosso coração doer, tanto físicas quanto dores de coração mesmo.    Aliás, dores de coração devem ser as mais constantes, justamente por sentirmos dor por todos os lados de vez em quando, entretanto é muito relativo a cada um. Me dói pra caramba ver uma criança pedindo esmola, dói lá no coração. Dá um aperto aqui dentro ver gente sendo zombada, criticada por ser diferente. Doeu meu coração ver o Brasil perder a copa. Dói meu coração ver o Lula, o Tiririca e a Dilma na TV, aliás dói só de ouvir a voz! Vozes doem, vistas podem doer e pensamentos também. Mas um murro no peito deve doer o coração também... não, engano meu, aí a dor é no peito, não no coração propriamente dito.
    E hoje eu respondi várias vezes que doía meu coração, oras!! Não tinha passado pela minha cabeça a diferença que existia entre dores de corações e dores no peito, logo em cima do coração. A diferença é assustadoramente grande, mas apesar de todos os apesares, não sei qual das duas dores possa ser pior, embora minha dor no peito tenha feito meu dia parecer bastante apertado, aqui dentro.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Eleitorado de Mosquitos.

Eu não sei se é só aqui, mas eu tenho visto, sentido e - ufa - matado mais mosquitos que normalmente, a cidade tá infestada. E mosquito é um bicho idiota. Não é por nada não, mas é que mosquito, pernilongo são todos bichos muito dos idiotas, de verdade mesmo.
Eu não odeio muitas coisas, mas se tem uma coisa que eu odeio é esses bichos aí! E não é que eu odeie todos esses bichos pequenos e voadores, não é isso não. As abelhas eu nem tenho nada contra, pelo contrário, tão lá 'tranquilas' tão até fazendo mel, e eu gosto de mel. Diferente desses mosquitos que tem infestado minha cidade, abelha pelo menos morre com dignidade.
Abelha pode até ser filha da mãe mas pela menos ela morre sendo uma filha duma mãe com princípios, dá a ferroada e bate as patinhas. Mas nããããão mosquitos não, se pelo menos pernilongo te picasse e morresse, era menos pior! E mais que isso: nunca soube de mosquito fazendo mel, porque eles são uns imprestáveis, oras.
Mosquito pra mim é só opção de cadeia alimentar de muito mal gosto!

Mas deixando mosquitos pra lá, apesar de ter alguns me rodeando enquanto eu escrevo este texto aqui. Eu queria falar que a gente tem a sorte de esquecer algumas coisas bem banais. Tipo a candidatura do Tiririca, por que não?
Porque pra mim é tudo mentira, na minha cabeça é mentira. Não me digam que é verdade nos comentários, porque eu torço pra que no final do período eleitoral ele saia na TV, gritando "HÁÁ pegadinha do malandro galera!!". Nao tirem isso de mim, por favor.

"O povo não é palhaço, mas eu sou!"!!!!! Nao sei muito bem o que comentar disso, mais palhaço que ele é quem invento essa frase genial, deve ter sido um mosquito - tenho certeza.
É a cara de um mosquito inventar uma frase idiota dessas. Caro Tiririca, quem foi que te disse que eu gosto de palhaço? Eu tenho um puta dum medo de palhaços. É assustador, falem a verdade!

Mas, senhor Tiririca, sabe que em uma coisa você quase acerto, porque de palhaço não tem só você não, senhor! Tem mais 99,9%( eu disse 99,9%, o que não inclui seu parente político, ou talvez inclua) de palhaços na política, e com certeza no seu cargo, que aliás, o senhor nem sabe qual a função!

Bom, é isso aí. eu tinha que tar estudando mas esses mosquitos me irritaram muito.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Tic- Tac ( não, não é a bala)

Faz um tempão que eu nao escrevo nada aqui! Pra falar a verdade, eu nao sei muito bem o que falar, apesar de ter muita coisa pra dizer. Mas, entretanto, porém, caros amigos e amigas, eu nao quero falar de nada muito sério hoje, se não vai parecer que so um revolucionário, esquerdista e seguidor do greenpeace. E talvez eu seja, ou não.

Qualquer sugestão de assunto, aliás, é bem vinda. Mas bom, como faz um tempão que eu nao falo de nada por aqui eu vou é falar de tempo.
Vocês já devem ter percebido que tempo é um puta de um negócio esquisto. Hoje é amanhã no Japão, e hoje no Japão é amanhã aqui, mas no final das contas, tudo é hoje nos dois lugares.
Lá no Acre (é, o Acre existe) o jornal nacional passa mais cedo por causa do fuso horário, mas na verdade é o mesmo horário que passa aqui, porque o tempo todo é um só, e é só agora. Não importa se é 4 horas a mais no Cazaquistão ou 2 a menos em qualquer outro lugar do mundo, porque tudo é agora, agora mesmo oras.

E apesar de parecer que eu to falando alguma coisa bastante sem sentido - nao me culpem senhores e senhoras - é tudo muito boa verdade! E já que é verdade, tenho que lhes dizer que o tempo é muito mais do que uma puta de uma coisa estranha! É um negócio assustador! À medida que o tempo passa, acelera. Sei lá bem o que é isso, porque eu não sei se sou muito bom de física. Mas se me perguntarem, tempo ta me movimento uniformemente variado! ( Acertei nerds?! ... "Nossa que burro! Dá zero pra ele fessora!")
Dá não, porque mesmo que eu possa ter errado na minha exímia análise de (falta e excesso) de movimento do tempo, ele é um(a) ( coisa? grandeza? espaço? puta dum negócio - minha favorita -) ______ ( coloque sua opção aqui, Leitor(a) ) que não para de acelerar!

E a gente tem medo do tempo, tem medo de não ter aproveitado ele do jeito certo, do jeito que deveria ter aproveitado, porque tempo não volta atrás, não rebobina. Mas a verdade é que a gente aproveita o tempo do melhor jeito que a gente pode no tempo daquele tempo... e no final das contas, desde que o corinthians esteja perdendo tá tudo uma beleza!!

"Porque o tempo, o tempo não pára" ( Cazuza). E não pode parar mesmo ou os acreanos correm o risco de ficar sem jornal nacional, e todo mundo o perigo de ficar preso neste mundo imaginário do tempo (in)finito.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Hello, I love you. Wont you tell me your name?

Bom dia, te amo!! ... Vc acreditou? Acreditou que eu te amo? Não né, porque ( calma! Depende de quem vc for... Pai, mãe: AMO VCS!) eu não te amo, oras. Mas antes que me afundem em ofensas como "seu coração de pedra!!", o que eu quero dizer é que a maioria não ama ninguem não... pera, ainda não falei certo.

O que eu quero dizer ( nova tentativa ) é que EU TE AMO NÃO É BOM DIA #$#%& !! Você conheceu ele ontem, vc não ama ele ainda senhora. E você, senhor, conheceu ela agora mesmo, mas você também passa longe de adorar ela!
E aqueles seus depoimentos do orkut, aqueles 38 que vc assinou com "Euu txxII amu mtu", os outros 12 recados em forma de corrente que diziam "Passe pra 25 pessoas que vc ama, e devolva se vc amar quem te mandou", os 5 recados de ontem, aqueles escritos "Te conheci hoje, mas já te amo viu?!". Quanto a todos eles, ou pelo menos - a grande, imensa, imensurável - maioria são todos falsos e o depoimento pro seu namorado, de 1 mes que diz " Te amo mais que tudo, você é minha vida!" é outra grande e gorda mentira. De verdade, mesmo.

Quanto a mim, não são muitas as pessoas que eu amo, minhas duas mão e mais um pouco devem dar conta da quantidade. Qual a graça de se amar tantas pessoas? Qual a razão de mentir entre palavras, entre linhas com um grande Te amo que perdeu a validade? Nenhuma.
Te amo não é te adoro, não é te curto linda e não é "Preciso daquele favor seu, mas nao esquece que eu te amo!".

E eu não to falando que é o tempo que decide se vc ama de verdade alguem ou não, isso é com você. E eu também não posso mandar em ninguem, nem quero, mas defendo com garra que te amo não é um bom dia qualquer, não é pra ser dito se não for verdade verdadeira.
Porque pra mim, no final das contas, o maior crime com a nossa lingua portuguesa não tem sido esse troço de novo acordo ortográfico ( aliás: IDÉIA, IDÉIA, IDÉIA, D-É-I, ->É<- . E não, eu nao gosto dele) mas tem sido essa overdose de amor mentiroso. Bom, todo mundo sabe quando um te amo é verdadeiro ou não, então pra que mentir? Mas, bom, é isso aí! Amo vocês !
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Há! Mentira.